Em entrevista à revista Isto É, Mary del Priore aborda temas como política, feminismo e antifeminismo, feminicídio, sexualidade, educação, além de falar sobre seu novo livro, o quarto volume da série “Histórias da Gente Brasileira”, que trata do período entre 1951 e 2000.
“(O livro) Será sobre o impacto do consumo e do acesso aos bens na formação dessa espécie de não-cidadania que criou mais consumidores que cidadãos. Isso fez com que os anos de chumbo da ditadura parecessem anos de ouro para muita gente, com o surgimento do emprego, do 13º salário e das férias anuais. A partir daí, surge a televisão, o turismo, a praia, o biquíni, a moda, os esportes ao ar livre. As modificações nas grandes cidades, a partir dos anos 1960 e 70, com edifícios altos, piscinas, playground, eletrodomésticos para facilitar a vida da mulher — que entra no mercado de trabalho —, o aparecimento da comida congelada e dos restaurantes a quilo. Não se trata de ser de direita ou de esquerda. É pagar o carnê ou poder comprar um Fusca. Tento traduzir esses anos por meio do consumo e desse certo bem-estar que criou o que chamaríamos de conservadorismo. Só não sei se quando questionadas, essas pessoas se diriam conservadoras ou sequer saberiam responder essa pergunta.”, diz a historiadora.
Confira a entrevista completa no link abaixo:
As esquerda tinham um projeto de assalto ao poder – Isto É
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Concordo plenamente mestra Mary!!