A vida nos quilombos

O Quilombo dos Palmares é o mais conhecido, mas não foi o único agrupamento de escravos fugidos que existiu. Desde o início do século XVI, já havia registros de fugas de cativos, que juntavam suas forças para se esconder. Com a descoberta do ouro nas Minas Gerais, multiplicaram-se os quilombos na região, assim como ocorreria em Goiás. O mesmo ocorreria na Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

As autoridades portuguesas se empenharam em destruí-los, como ocorreu com Palmares. Havia tropas especializadas em combatê-los, formadas por capitães do mato. Estes recebiam seu pagamento, chamado de tombadia, quando apresentavam as provas de seu sucesso: o quilombola recuperado ou sua cabeça decepada. Na Amazônia, os indígenas substituíram os africanos como força de trabalho e eles também realizavam fugas em massa e se amocambavam, como diziam os documentos da época.

Apesar de toda a hostilidade aos quilombos, é interessante observar que estes estavam inseridos na sociedade da época. Os quilombolas se relacionavam com determinados grupos sociais, prestando serviços, comprando mantimentos e armas, fazendo o escambo, negociando e fazendo trocas, inclusive com ouro e diamantes.

Os quilombos abrigavam pessoas de diferentes etnias e não apenas os negros. Havia regras de comportamento, com castigos e punições para aqueles que não seguissem as normas. Cada quilombo tinha o seu chefe ou líder, e suas práticas religiosas. Havia também crianças e mulheres quilombolas, sendo que estas cuidavam das tarefas domésticas e das roças. – Márcia Pinna Raspanti

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O temido capitão do mato e um mocambo de escravos, na visão de Rugendas.

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