As amantes na História: sexo, amor e traição

A Record acaba de lançar o livro “Amantes: uma história da outra”, que segundo a editora, é uma “picante mistura de história, biografia e panorama cultural”, que destrincha as motivações e virtudes das mulheres, fictícias ou reais, que foram dispostas à margem da sociedade ao se verem na posição de amantes. “Com estilo vívido, a pesquisadora Elizabeth Abott retrata a intimidade dessas mulheres através dos séculos: das concubinas chinesas às amantes reais europeias e consortes clandestinas de padres (nada) celibatários. Também desconstrói a figura de garotas de mafiosos, a ideia da amante como troféu e o poder das amantes modernas”.

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O tema é interessante (se alguém tiver lido, mande sua opinião) e nos faz pensar na História do Brasil. D. Pedro I teve uma coleção de amantes, de diversas classes sociais e nacionalidades. Quem nunca ouviu falar do rumoroso caso do nosso primeiro imperador com a Marquesa de Santos? Domitila entrou para a nossa história devido ao triângulo amoroso formado por ela, D. Pedro e imperatriz Leopoldina. Hoje, por meio de minuciosas pesquisas, descobrimos que ela era muito mais que uma amante, mas uma mulher forte que tentava se sobressair em uma sociedade patriarcal e extremamente opressora.

Até o sisudo D. Pedro II teve seus casos extraconjugais. O romance e a amizade do segundo imperador brasileiro com a condessa de Barral é uma bela história de amor e companheirismo. Cartas nos mostram um pouco desse relacionamento que escandalizava a corte. Mas houve outras favoritas, que, se não conquistaram o coração do monarca, tiveram sua atenção por determinado tempo.

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Muitas mulheres enxergavam a possibilidade de ascensão social em uma ligação com os homens poderosos. Entretanto, nem só eles tinham seus casos. Carlota Joaquina, mãe de nosso primeiro imperador, era conhecida pelo gênio forte e ambição. Não se contentava em ser apenas esposa do príncipe regente. Talvez por isso, dizia-se que ela traía D. João VI com vários homens. Fofoca da corte ou verdade? Se traiu, Carlota não deixou provas de suas escapadas.

Proclamada a República, as coisas não mudaram muito. Da República Velha, pouco se sabe. Conta-se que o presidente Washington Luís teria levado um tiro de uma amante francesa (ou italiana) em pleno Copacabana Palace, no Rio de Janeiro. Os casos extraconjugais de Getúlio Vargas, que iria depor Washington Luiz em 1930, renderam muita “falação”, como se dizia. Sua admiração pelas vedetes era conhecida, sendo Virgínia Lane uma de suas preferidas…As vedetes também despertaram interesse de outros presidentes, como Juscelino Kubitschek, que teria tido vários outros romances fora do casamento.

João Goulart era outro que tinha fama de conquistador…e até o rude general Figueiredo foi alvo de um processo para reconhecimento de paternidade. Enfim, é difícil separar a fofoca dos fatos, mas, sem dúvida, essas mulheres teriam muito a nos contar sobre os bastidores da História do Brasil. – Texto de Márcia Pinna Raspanti.

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