Atribui-se a celebração de de Corpus Christi ou Corpo de Cristo a uma freira agostiniana belga, Juliana de Mont Cornillon ou Juliana de Liège (1193-1258). No começo do século XIII, a religiosa teve algumas visões em que Cristo lhe pedia uma solenidade em homenagem à Eucaristia.
A presença real do corpo de Jesus no pão eucarístico e de seu sangue no vinho, após a consagração da missa, é um dos sete sacramentos da fé católica, e a festividade de Corpus Christi veio reforçar tal crença. A celebração adquire maior força com a Contrarreforma católica, uma reação às ideias da Reforma Protestante, que passou a interpretar a missa como uma simples ceia comemorativa (o pão e o vinho apenas simbolizavam o corpo e o sangue de Cristo).
Os católicos celebram esta festividade na quinta-feira que segue ao domingo da Trindade, primeiro domingo após o dia de Pentecostes. Uma quinta-feira: afinal, esse tinha sido o dia da semana em que fora instituída a Eucaristia, na ultima ceia que Jesus consumiu com seus apóstolos em Jerusalém, na véspera de sua morte.
Vejamos o que Luís da Câmara Cascudo tem a dizer sobre as festas e procissões de Corpus Christi, em Portugal e no Brasil:
“A mais pomposa, concorrida e rica das procissões católicas em Portugal e que manteve a tradição no Brasil. O maior número de devotos acompanhava o pálio sob o qual ia a Santa Hóstia, Corpo de Deus, numa custódia de ouro, erguida nas mãos da primeira autoridade sacerdotal. Não havia desculpas para uma ausência nem se queria faltar. Valia como demonstração de fé, exibição de prestígio sagrado, popularidade obstinada através dos séculos. Em Portugal, datam do século XIII com o máximo de esplendor de tropas, fidalgos, cavaleiros, andores, danças, cantos. Todas as Corporações eram obrigadas a uma representação e esta consistia num grupo que dançava, simbolizando povos vencidos ou gente bíblica. Depois que D. João I consagrou o Reino a São Jorge (porque Sant’Iago ficara padroeiro da Espanha) a imagem seguia a procissão montada num cavalo, rodeada de oficiais em grande gala, o chamado de São Jorge. Bichos mansos e ferozes, dragões, torres, serpentes, a Coca, o farricoco, mil figuras de interpretação difícil desfilavam por Lisboa, Porto, Guimarães, espalhando assombros. No Brasil, numa carta de 9 de agosto de 1549, o Padre Manuel da Nóbrega, da Bahia, informava: “Outra procissão se fez no dia de Corpus Christi, mui solene, em que jogou toda a artilharia, que estava na cerca, as ruas muito enramadas, houve danças e invenções à maneira de Portugal”. Essa procissão deixava impressão de espanto nos estrangeiros e o povo a considerava mais de efeito aristocrático que sua predileção, atendendo o motivo espiritual que se consagrava”.
Márcia Pinna Raspanti
“Corpus Christi em Paris” (Fête-Dieu) – Theodore Turpin de Crissé (1782-1959).
Importante se faz ressaltar que, aquela multidão que recepcionou Jesus na entrada triunfal em Jerusalém relatado em Lucas 19:29-31, foi a mesma que gritava “crucifica-o” em Lucas 23:21. Em João 4:21-24 está escrito: “Deus é espírito, e é necessário que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade” portanto, não adianta preparar um caminho para a entrada do Rei como descrito em Lucas 19, é preciso preparar o terreno do coração ou seja, é preciso que cada pessoa se arrependa dos seus pecados e abandonem os maus caminhos de forma a receber no seu Eu interior a pessoa do Cristo vivo como único e suficiente salvador. Em João 14:6, “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim”, através desse verso, conclui-se que o caminho já está preparado sendo assim, não há necessidade de enfeitar ruas para a chegada do Salvador, mesmo porque, quando o Senhor retornar à terra para resgatar Sua igreja, ele virá em corpo glorificado ou seja, um corpo espiritual e só subirá quem aceitou-o e recebeu-o como Senhor de suas vidas. Logo verifica-se também que a verdadeira Eucaristia relatada em I Coríntios 11:23-26 se dá pela reconciliação pessoal e individual entre o ser humano e Deus através da aceitação do senhorio de Cristo de todo o coração, desse modo, todo aquele que reconciliou-se com Deus reconhecendo o sacrifício de Jesus na cruz do Calvário, terá parte com Seu corpo e sangue vivos já que Ele está vivo porque ressuscitou no 3º dia. Segundo a bíblia somente a verdade liberta o homem de todo tipo de idolatria e fanatismo religioso ensinado pelas religiões que se dizem cristãs, portanto aceite Jesus como teu Salvador, leia a bíblia e ore diariamente dessa maneira será batizado no Espírito Santo e entenderá todos os mistérios do Reino de Deus além de receber a vida eterna para teu corpo, alma e principalmente para teu espírito ou Eu interior !!!
Olá um ótimo texto,bem sucinto e explicativo.
Parabéns,
Abs,
Anna Santos