A Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, marcou o fim da monarquia no Brasil. Com o golpe republicano, a família imperial perderia o poder e ainda seria expulsa do País: um revés cruel para o já debilitado imperador D. Pedro II. Em “O Castelo de Papel” Mary del Priore nos conta o outro lado da História, ao mostrar o relato da Princesa Isabel sobre aquele que foi considerado por ela o “dia da maior infelicidade de nossa vida”.
Confira no link abaixo o capítulo completo desta obra que ficou em terceiro lugar na categoria Biografias do 56º Prêmio Jabuti, a ser entregue no dia 18 de novembro.
Isabel, já idosa, com a família; obra agraciada com o Prêmio Jabuti.
Todos deveríamos sentir vergonha da Proclamação da República, pois ela inaugurou no Brasil o hábito do golpe, da truculência, do total desrespeito à coisa pública e ao povo.
Um regime que teve como primeiro presidente um velho doente que governou praticamente dentro do túmulo, seguido por Floriano Peixoto, um carniceiro que nada deveu à ditadura militar (1964-1985), não poderia dar certo.
Aliás, continua não dando certo.
A República é Ré pública. O Estado Brasileiro está no banco dos Réus.
Por estas e outra apoio a Comissão da Verdade, Justiça, Reparação de Danos Morais, Materiais, Financeiros, Ambientais desde 1946.
Os que ficaram com os bônus arquem com os ônus.
O 15 de novembro continua sendo, caracteristicamente, o mesmo desde 1889, um dia de completa apatia popular.
A troca da Monarquia Representativa (como era chamado o regime monárquico no Brasil da época) pela República Federativa foi tão nefasta porquanto houve a troca de um regime que se pautava pela honra e moralidade pública por um outro que inaugurou o vale tudo político entre nós, que o 15 de Novembro, até onde me consta, é o único feriado nacional que ninguém comemora!!
Nem mesmo os militares do Exército, já que foram eles os responsáveis pelo golpe.
Não há palestras comemorativa, desfiles militares, nada, absolutamente nada.