PRINCESA ISABEL: INCOMPETENTE OU INJUSTIÇADA?

“A princesa Isabel era uma mulher muito culta, muito preparada. Ela era muito mais culta do que qualquer homem do Parlamento que conheceria ao longo da vida”, conta Regina Echeverria. “Ela sabia coisas demais e se mantinha atualizada. Já adulta, passou um período na Europa visitando fábricas, ainda com a Revolução Industrial começando”.

O casamento, obrigação da nobreza, viria aos 18 anos, com o nobre francês Louis Philippe Marie Ferdinand Gaston, o Conde d’Eu. Era neto de Luís Filipe I, da França, rei entre 1830 e 1848. Mas então, 1864, o país estava sob a monarquia de Napoleão III, sobrinho de Bonaparte. O conde vinha de uma família real destronada. O casamento só daria frutos mais de dez depois, em 1875, quando nasceu dom Pedro de Alcântara.

Isabel assumiu o trono como regente duas vezes. Na primeira delas, em 1871, sancionou a Lei do Ventre Livre, que impedia que crianças nascidas escravas herdassem a condição. Na segunda, entre 1876 e 1877, teve que enfrentar problemas de ordem política, como a forte seca do Nordeste e o embate político-religioso entre maçons e católicos.

Vista como acanhada, recolhida na casa real em Petrópolis, a má fama de Isabel começou a se formar então. E, apesar de tudo o que será dito a seguir, continua a ser consenso hoje. A historiadora Mary del Priore, por exemplo, é bastante cética a respeito do revisionismo da vida da Princesa: “documentos provam que era totalmente apolítica e voltada para o lar”.

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Confira o artigo completo da revista Aventuras na HistóriaAventuras na História – “Isabel: incompetente ou injustiçada?”

 

Isabel e D. Pedro

No dia 13 de maio, com uma caneta de ouro, Isabel assinou a Lei Áurea

 

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