Em 2 de dezembro de 1825, nascia Pedro D’Alcântara, o sétimo filho da Imperatriz Leopoldina e de D. Pedro I. No fim do ano, o imperador se encontrava em uma situação inusitada: amante e esposa, Leopoldina e Domitila (que ficou conhecida como a Marquesa de Santos), estavam no período final da gravidez. A imperatriz chegou a consultar uma parteira francesa, antes de engravidar. Sabia que precisava dar um herdeiro ao trono. A mulher lhe teria ensinado um “segredo” para conceber machos. Ela esperava, assim, atenuar a atenção que o marido dava à amante.Já a da favorita ficou conhecida como “a prenhez do escândalo”.
Às duas e meia da manhã, nasceu o futuro Pedro II. “Um filho que correspondeu a todos os meus anseios”, diria Leopoldina a milady Graham. O parto demorou cinco horas e o sétimo filho da imperatriz nasceu com aparência vigorosa, medindo 47 centímetros. Houve muita celebração na capital. As casas iluminaram-se durante quatro dias. O veador da casa imperial, brigadeiro Francisco de Lima e Silva apresentou o menino à corte. No batizado, em 9 de dezembro, foi executado um Te Deum de autoria de Pedro I. Em 2 de janeiro de 1826, pediu-se para o menino a proteção de Nossa Senhora da Glória, na Igreja do Outeiro.
Cinco dias depois do nascimento do filho legítimo, via a luz, em Mata-Porcos, Pedro de Alcântara Brasileiro. D. Pedro revezou-se entre as duas mães, conforme as conveniências. Estava na casa de Domitila quando esta sentiu as primeiras dores. Recebeu um aviso da Quinta e rumou para lá, onde assistiu ao parto de Leopoldina.
Fez a apresentação do filho e, em menos de uma semana, voltou para Titília, onde
encontrou o outro filho nascido.
Baseado em “A Carne e o Sangue”, de Mary del Priore.
A meu ver o maior de todos os brasileiros. Viva a lembrança de Pedro II!