Ser mãe na Colônia: entre o dever e o sofrimento

A observação de testamentos do período colonial revela maternidades fecundas. Na São Paulo de 1705, por exemplo, Messia da Cunha despedia-se de oito filhos, “seis fêmeas e dois machos”. Ana de Oliveira legava bens em 1794 a oito filhos, e a maioria das mulheres, ao  encomendar suas almas “por a morte não dar mais lugar”, referiam-se a mais de dois herdeiros. Tantos filhos certamente não apareciam nas listas nominativas pela  alta taxa de mortalidade infantil, mas também pelo hábito de fazer circular na casa de parentes e compadres os filhos menores. No litoral paulista, ao final do século XVIII, Maria … Continue lendo Ser mãe na Colônia: entre o dever e o sofrimento