Teatro, teatralidade, performatividade: prática e teoria

Para Jean-Pierre Sarrazac o teatro seria uma “máquina insoniosa”. O teatro teria lugar “para além do julgamento, no jogo dos possíveis. Não puniria nem consolaria. Teria a crueldade de um combate permanente contra si mesmo. Ao espectador, ofereceria apenas reparação. Entenda-se: um lugar e um tempo para retomar forças”. A própria filosofia contemporânea, sobretudo nos postulados teóricos de Arthur Danto e Hans Belting, aposta no artístico como sobrevivência da filosofia, por isso aponta que a arte, apenas ela, pode restaurar, por intermédio da filosofia da arte, a sobrevivência tanto da arte quanto da filosofia. O híbrido no teatro, não se encontra mais apenas no fazer teatral, há uma corrente de pesquisadores fraturando as fronteiras entre o fazer/pensar a arte do teatro, ou seja, entendendo a teoria e crítica como um modo de teatralidade.

É nesta seara que transita a pesquisadora teatral Jossete Féral, que aponta em seus estudos, sobretudo no livro Além dos Limites – Teoria e Prática Teatral, o campo fragmentado e as inúmeras vertentes, meios, estruturas, linguagens em que se encontram as práticas e os pensares teatrais no século XXI.

Esta chamada convida pesquisadores para apresentar trabalhos sobre a atual produção teatral da América Latina, tanto em suas experiências práticas e/ou teóricas, dramatúrgicas, bem como pesquisas sobre teatralidade, performatividade, fronteiras, hibridismos, amalgamentos entre teatro e outras linguagens artísticas. Interessa-nos as experiências teatrais de ruptura, enfrentamento, quebras e cortes. Linguagens teatrais que se apresentam como máquina insoniosa e que sejam capazes de retomar as forças e instaurar-se como afecto, ou reparação nesses tempos desafetuosos.

Prazo de envio dos trabalhos: 31 de julho de 2017

Trabalhos que não respeitem as normas editoriais não serão aceitos. As normas podem ser consultadas emhttp://www.revistalanda.ufsc.br/normas.html

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Os originais deverão ser enviados por correio eletrônico ao endereço: [email protected]

Pintura localizada sobre uma cratera grega (século IV a.C.): ator segurando uma máscara e vestindo o figurino.

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