AS ARMADILHAS DO MUNDO VIRTUAL: QUANDO SE PECA PELA FALTA DE RIGOR

Por Natania Nogueira.

Se com os avanços dos meios de comunicação, a oportunidade de ter acesso à informação deu um salto exponencial, por outro lado, aumentou também a preocupação com aquilo que de escreve, seja no post em um blog, seja em uma revista ou em um livro.  Por mais cuidadosos que sejamos podemos todos cometer um deslize. Há sempre o risco. Mas no mundo virtual as coisas tendem a tomar proporções maiores.

Isso, infelizmente aconteceu recentemente comigo, tanto o deslize quanto o mal-entendido. O deslize, porque escrevi um artigo, com base em algumas obras que li sobre o tema, o que deu margem a dúvidas. Uma das autoras consultadas sentiu-se lesada, pois, achou que não foi devidamente referenciada. O texto que deu origem a esse mal-entendido veio de um trabalho maior.

Fiquei constrangida e me dirigi à autora para prestar esclarecimentos, como se deve fazer nestes casos. Pedi ainda a um professor e pesquisador, parecerista de revistas acadêmicas respeitáveis, que analisasse o material. Afinal, se cometi algum erro, eu deveria me responsabilizar por ele. Segundo o seu parecer, o texto não apresenta sinal de plágio, tendo passado num programa detector do mesmo. Mas tem alguns problemas sim. Em alguns trechos, coincidem as opiniões da citada autora com as minhas. E talvez isso tenha gerado um certo desconforto e mesmo desconfiança. É compreensível.

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Episódios como este, contudo, têm seus pontos positivos. Para começar, eles nos alertam para o risco de publicar textos na internet sem o devido rigor. Assim, se aprende com erros. Erros estes que, muitas vezes, cometemos sem perceber, que podem causar dores de cabeça e que podem, e devem, ser evitados. Entretanto, acrescentaria que existem métodos diferentes para passar as informações conforme o veículo. Cada informação é moldada conforme o veículo midiático que processa a informação. Um blog é um veículo informativo e não um periódico científico ou revista. Acho que, neste caso em específico, acrescentar no fim do texto postado de artigos de referência seria suficiente.

Enfim, é preciso ter em mente que modalidades textuais possuem estrutura e regras diferentes, e não se pode tratar uma pelas regras das outras. Assim, decidimos, em acordo com a pessoa envolvida e as organizadoras deste espaço, publicar novamente o texto, com as indicações bibliográficas necessárias. A maior virtude de um blog é justamente a possibilidade de interação com os leitores, o que nos permite fazer ajustes e adequações, além de atender as sugestões dos mesmos.

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  1. Adriana Weber

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