O universo das letras coloniais brasileiras

Revista USP homenageia João Adolfo Hansen, referência nos estudos sobre literatura brasileira do século XVII

Por  – Editorias: Cultura – URL Curta: jornal.usp.br/?p=245836

Os 30 anos do lançamento de A Sátira e o Engenho: Gregório de Matos e a Bahia do Século XVII, de João Adolfo Hansen, professor de Literatura Brasileira da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, são lembrados no dossiê “Artes & Letras”, publicado na nova edição da Revista USP, que acaba de ser lançada. Trata-se de uma homenagem ao livro que é uma referência nos estudos das letras coloniais brasileiras. “Nele, o autor estabelecia novos caminhos para a crítica literária feita no País, ao analisar as obras do período colonial a partir das práticas artísticas em que essas obras foram produzidas’, observa o editor Jurandir Renovato, da Revista USP. “Assim, ao rejeitar rótulos como ‘transgressão’, ‘originalidade’ e mesmo o de ‘barroco’, tidos pelo autor como anacrônicos e provenientes de leituras posteriores, sejam românticas, antropofágicas e até tropicalistas, como a versão de Triste Bahia, de Caetano Veloso, e reivindicar interpretações que levassem em conta os critérios intrínsecos de sua época e estilo, Hansen abria espaço para uma vasta área de estudos analíticos, tais como estes que a Revista USP ora apresenta em seu número 121.”

O dossiê foi idealizado e organizado pelos professores Jean Pierre Chauvin, da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, Marcelo Lachat, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), e Maria do Socorro Fernandes de Carvalho, também da Unifesp. Na apresentação, os professores destacam a importância do livro, fruto da tese de doutorado de João Adolfo Hansen defendida na FFLCH. “Obra seminal para os estudos sobre as chamadas ‘letras coloniais’, produzidas no universo luso-brasileiro, o trabalho de Hansen reorientou as pesquisas em torno do que se convencionou chamar literatura do/no Brasil, antes mesmo que o termo ‘literatura’ circulasse desse modo e com a acepção que lhe conferimos hoje”, observam os professores.

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Os organizadores destacam: “Neste número da Revista USP, publica-se um texto inédito de João Adolfo Hansen, acompanhado por reflexões de pesquisadores da Unifesp, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e da USP, que pretendem dar continuidade aos trabalhos pioneiros do professor, que mostraram e compreenderam ‘ruínas’ letradas, esquecidas, em tempo de modernidades literárias”.

Confira a matéria completa no Jornal da USPRevista da USP aborda universo das letras coloniais

Acesse a Revista USP: Revista USP 122

Igreja em Ouro Preto, Minas Gerais

Igreja em Ouro Preto, Minas Gerais, um dos principais ambientes da literatura colonial brasileira – Foto: 123RF

 

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