201 anos de criação do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves

A Série Documentos Literários, colaboração da Divisão de Manuscritos, da Fundação Biblioteca Nacional, recorda o aniversário de 201 anos de criação do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.

       Com a derrota final de Napoleão, o Congresso de Viena, que teve lugar em 1815, determinou que as monarquias depostas pelo imperador dos franceses voltassem aos seus tronos. A família real portuguesa, porém, estava no Brasil, o que configurava uma irregularidade, visto que o Congresso só reconhecia Lisboa como sede do reino.

     Para tentar contornar a situação, D. João, que então era Príncipe Regente, promulgou, em 16 de dezembro de 1815, uma Carta de Lei que elevou o Brasil à categoria de “Reino Unido a Portugal e Algarves”. Isso deveria equiparar o Rio de Janeiro a Lisboa na qualidade de sede da Corte. A solução, porém, não agradou aos portugueses, e a pressão aumentou nos anos seguintes, com rixas políticas, movimentos e revoluções. As tensões culminaram com o regresso de D. João à Europa, em 1821, e a independência do Brasil, em 1822.

      O documento da série traz o relato dos festejos de aclamação de D. João, não mais na qualidade de Príncipe, mas na de Rei do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Isso porque sua mãe, D. Maria I, já havia falecido à época da cerimônia, que foi adiada por conta da turbulência política e só teve lugar em fevereiro de 1818. A obra, que traz o carimbo da Real Biblioteca, inclui várias odes e poemas em homenagem a D. João VI, compilados por Bernardo Avelino Ferreira e Sousa, oficial da Secretaria da Intendência Geral da Polícia. A impressão e distribuição foram feitas por iniciativa da mesma Intendência, com a finalidade de perpetuar a memória dos festejos.

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A obra está sob a guarda da Divisão de Obras Gerais da Biblioteca Nacional e pode ser consultada na íntegra pela BN Digital, no link: http://bit.ly/2h8sKE8

 

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