A Abolição e o Fim do Império

Além da agitação militar, que começara com a Guerra do Paraguai (1864-1870), D. Pedro II tinha uma questão bastante complicada para resolver: o fim da escravidão. O movimento abolicionista crescia e se fortalecia, a Inglaterra pressionava o Brasil para acabar com prática; por outro lado, os fazendeiros acreditavam que, sem os escravos, a economia brasileira iria quebrar. O imperador, que pessoalmente nunca foi simpático à escravidão, enfrentava um dilema que poderia lhe custar o trono. E custou.

Os maiores apoiadores da monarquia eram justamente os grandes proprietários, contrários à medida. Mesmo entre esses membros da elite havia uma percepção de que a abolição seria inevitável, portanto, eles procuravam protelar no Senado as leis que caminhassem nessa direção. Se houvesse a abolição, que fosse no futuro e que os proprietários fossem indenizados para não acabar com a economia nacional- pregavam.

A princesa Isabel aderiu à causa abolicionista, influenciada pelas questões religiosas e políticas. Entretanto, a popularidade que ela alcançou como “Redentora”, ao assinar a Lei Áurea 13 de maio de 1888, não foi suficiente para assegurar o terceiro reinado. A elite abandonara o imperador, em virtude da abolição apressada (no entender deles, obviamente) e da ausência da indenização.

Os republicanos souberam aproveitar o descontentamento dos fazendeiros para reforçar a necessidade da mudança de regime. E o exército sonhava com a oportunidade de colocar as mãos no poder. Nesse contexto, e ainda com o estado de saúde precário do imperador, a queda da monarquia não tardaria.- Márcia Pinna Raspanti.

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d.pedroseg

Sem apoio, o imperador perde a coroa.

4 Comentários

  1. veronyca
  2. Paula Fernandes Barroso
  3. Ivan Dias

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