Tiradentes: o herói da República

Do Arquivo Nacional

O feriado nacional em homenagem a Tiradentes foi oficialmente estabelecido já em 1890. A razão era a necessidade de se criar símbolos para a República recém-proclamada. Assim como os hinos e as bandeiras, a criação de um passado glorioso e, consequentemente, o estabelecimento de heróis nacionais são imprescindíveis para o sucesso de novos regimes políticos.

Até hoje a Conjuração Mineira (1789) se manteve na lista das comemorações cívicas nacionais, embora na prática tenha sido mais uma conspiração do que uma revolta de fato. Joaquim José da Silva Xavier, conhecido como Tiradentes, por não ter pegado em armas e não ter causado derramamento de sangue foi considerado, à época da proclamação republicana, como um perfeito símbolo para a nova república: simbolizava a luta contra a monarquia, mas sem prestar nenhum incentivo a revoltas populares violentas.

Tiradentes foi representado estrategicamente, ao longo das décadas, algumas vezes em semelhança a Jesus Cristo, usando túnica, e em outras com vestes militares, o que foi usual durante o Estado Novo de Getúlio Vargas, por exemplo. Suas representações variavam de acordo com o objetivo de quem estava no governo.

A documentação oficial diretamente relacionada à Conjuração Mineira encontra-se no Arquivo Nacional nos fundos “Inconfidência Mineira” e “Diversos Códices”. Venha pesquisar e conhecer mais sobre essa história!

Na imagem vemos a sentença proferida contra os réus. Arquivo Nacional, Diversos Códices – SDH, cód. 5.

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Para pesquisar no acervo do Arquivo Nacional, acesse:
http://www.arquivonacional.gov.br/br/consulta-ao-acervo.html

 

documento Conjuração Mineira

Documento manuscrito da sentença proferida contra os réus da Conjuração Mineira. Arquivo Público

3 Comentários

  1. carlos adolpho m. cavalcanti
  2. Francisca Isabel Dias Carvalho

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