A pirataria ganhou força no século XVI, segundo o historiador Jean Marcel Carvalho França, professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Franca. As frotas de Espanha e Portugal eram atacadas com frequência, resultando em perdas imensas de ouro, pau-brasil e marfim. Mesmo que não tenham conseguido se fixar no Brasil, franceses e ingleses formaram colônias nas Américas Central e do Norte. Mais do que uma simples aventura, esse tipo de invasão representava uma contestação de governos da Europa à divisão das terras do Novo Mundo entre Espanha e Portugal, formalizada por meio do Tratado de Tordesilhas em 1494.
França e sua colega Sheila Hue, pesquisadora do Real Gabinete Português de Leitura, do Rio, depois de 20 anos analisando e traduzindo narrativas de viajantes europeus que visitaram o Brasil, com apoio da FAPESP e outras agências de financiamento, escreveram Piratas no Brasil – As incríveis histórias dos ladrões dos mares que pilharam nosso país, publicado no final de 2014 (Ed. Globo). O livro descreve dois ataques ingleses – de Thomas Cavendish a Santos, em 1591, e de James Lancaster a Pernambuco, em 1595 – e dois franceses – de Jean-François Duclerc, em 1710, e de René Duguay-Trouin no ano seguinte, ambos ao Rio.
Veja no link abaixo o vídeo produzido pela equipe de Pesquisa FAPESP, que mostra como reinos europeus apoiavam os ataques de corsários à costa brasileira.
https://www.facebook.com/video.php?v=832553283460212
A esquadra de Duclerc alinhada na baía de Guanabara: sem resistência das forças locais.
Muito interessante, estou envolvida num trabalho sobre a Pirataria e o Corso no Brasil. Estou analisando o período de maior fluxo, ainda.
Estou fazendo uma pesquisa documental exaustiva sobre o tema. Tanto no Brasil como em Portugal. Interessante a entrada de Duclerc na baia de Guanabara. Praticamente de forma passiva!