Resultado do Desafio da Independência

A vencedora do nosso desafio cultural é Maria Juscelina de Faria, de Santa Luzia (MG), que receberá, pelos Correios, um exemplar do livro “A Carne e o Sangue”, de Mary del Priore. Parabéns!
Queremos agradecer a todos que participaram. Recebemos muitas ideias interessantes e criativas. Em breve, teremos outras atividades deste tipo. Aguardem.
Segue o texto escolhido:
Dom Pedro acordara bem cedo para seguir viagem em direção a São Paulo. Na noite anterior, havia comemorado à exaustão seu próximo retorno aos braços de sua amante. Mas, desastradamente, comera algo que não lhe caíra bem. Cansado pela cavalgada, pela falta de dormir, pelo excesso de bebida, com o estômago revirando, vê-se obrigado a dar uma pausa na viagem, às margens do Ipiranga. Notícia importante acabara de chegar por um mensageiro. Voltar para Portugal agora? Nem pensar! Seu pai havia avisado para não deixar o Brasil para qualquer aventureiro! Leopoldina também lhe enviara notícias sobre as armações políticas, solicitando seu retorno urgente. Descendo do cavalo, deita-se sobre a grama ao lado do riacho e se põe a pensar no que melhor fazer numa hora tão delicada.
Dom Pedro dorme e, em sonho, vê a figura austera do pai a incentivá-lo para se desfazer dos laços que o prendiam a Portugal… O pai alertava: “tive que voltar, mas você pode criar uma nova corte no Brasil e deixar de ser apenas o Príncipe Regente para se tornar o novo imperador, sem dar mais satisfações a ninguém daqui”. Meio acordado, meio dormindo, suando muito e com intensa dor de barriga, o jovem Pedro se levanta e pede folhas de bananeira urgentemente, pois não dá mais para segurar! Seu ajudante-de-ordens lhe entrega o material descartável e sai apressado do local. 
O príncipe regente chega perto das águas límpidas e se alivia daquele incômodo terrível, ainda meio sonolento. De repente, alguma coisa o impele a levantar-se, arrancar as insígnias portuguesas da farda empoeirada, desembainhar a espada e, subindo em seu cavalo, passa a berrar como louco: “Independência ou Morte!” E baixinho: “chega deste quinto dos infernos para Portugal pagar suas dívidas com a Inglaterra. Agora será tudo nosso.” E de novo grita alucinadamente: “Independência ou Morte!!!! ” Era o dia 7 de setembro de 1822 da era cristã, às margens do Ipiranga, pertinho de São Paulo. O Brasil acabara de se separar da metrópole portuguesa. Viva o novo imperador…

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3 Comentários

  1. Bárbara Rodrigues
  2. Andrew Amaral

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